esvoaçando dotados do fim dos tempos
sem mera consciência doutros hirtos templos
dilacerantes errantes como o são os povos;
Vastos procuram no céu olhos flamejantes
Onde estão os corvos que, em vão, não somos?
Sulcam na gravidade d'átomos semblantes
no pão se desconexam imagens que fomos.
Para, memória, se nos voarem ao alto
sem sombras de mera posse ou não-orgasmo
No-las encontram numa pérfida história;
Numa mensagem nocturna, eis nosso salto
Tomba o vínculo ao voar, e do solo pasmo
cai-me agonia como se houvesse memória.
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