Pertenço àqueles que a ninguém pertencem
Nem às próprias entranhas da discórdia.
Nem da pele nos livra o entendimento.
Pertenço aos pertences da hipertrofia
e monotonia do ego multi-dimensionado.
O meu ser é não-ser prisma absorvente.
Levemente disfarçado e sem disfarce
O tempo molda o quid que nos permite
moldar os espaços em que vagueamos
à sombra dos desejos fugazes
( salivando séculos pelo orgasmo de meio segundo)
Nossos sedentos pais
cães selvagens,
de cios transversais
à ideia de homem.
Mau pai de família.
Queremos a tua cabeça
em troco da sobrevivência
imaterial
e diluída de meras doutrinas
Porque hoje
Queremos matar.
Mataremos para erradicar o mal
e isso não diverge
de querer criar o bem.
Queremos matar.
Queremos matar
Queremos matar-nos e no fim rematarmos
a nossa cabeça
no fundo da baliza
da consciência.
Opaca.
Fraca.
Diluída.
Somos Reles PUTAS!
Somos fracos vendidos da vida
perdemos tempo com reles intelectuais
masturbações
que não nos colocam na boca o pão
que se assa com músculo
e por vezes
sem a devida Raison d'être.
E é por isso que queremos matar
Matar nossos pais
Matar nossos pais
Matar nossos pais.
E foder nossas mães.
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