Espanta-me a falta de espanto
com que se moem ditas calçadas
Verbos sem ralo ou alçadas
levam-me a alma e o canto.
Matam e esfolam o pranto
nocturno, de aves assustadas
são inúteis vozes desafinadas
cobertas pelo mesmo manto
Nos domina paralisia vã,
- sem questionar, somos cegos -,
parte comum d'oco talismã...
(Venham ver nossos pregos!)
Somos filhos de um amanhã
que assusta nossos tristes egos.
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